segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Oi, Tio - Sexto Capítulo

- Oi filha. Nem vi que tu tinha chegado.

Maria Eduarda sente o coração pular quando escuta a voz do pai a poucos metros. Olha e vê ele parado na porta da varanda, apenas com o calção do pijama. Ela o olha de cima a baixo, fixando seu olhar no tórax e nas pernas. O que fazer? Ela tenta disfarçar.

- Pois é. Tô saindo já...
- Toma café comigo.
- N-não...já comi...

Saindo do quarto quase que correndo, Maria Eduarda tenta pôr as idéias no lugar, mas o ódio cego por Sophia toma conta de seu corpo. Entra no seu quarto e chora copiosamente, por dois motivos que quisera o destino que se unissem da pior forma possível. A traição da melhor amiga mais a relação da mesma com seu próprio pai, seu maior objeto de desejo. Por fora, ainda viria a traição de seu pai à sua mãe, se o ato realmente se concretizasse. Ela pensava nas piores consequências. Uma vez vira em um filme um homem que traíra sua esposa com sua irmã. A mulher traída, fora de si, matara o casal nu na cama de um motel, e depois tirara a roupa, subiria na cama e se suicidara com um tiro na cabeça.

O celular toca. Era a Sophia. Ela pega o celular e lê a mensagem. Eduarda iria em uma festa a noite com Sophia, mas a amiga resolvera ficar em casa, algo incomum. A raiva aumenta mais ainda.

Maria Eduarda passou o dia inteiro dentro do quarto. Entrara em uma pasta escondida em seu computador e começava a ver as fotos de seu pai na praia no verão passado. Em uma delas, ele estava abraçando-a por trás, sorrindo na areia. Ela lembra da foto, pois ficara excitada na hora. Daquele dia pra cá, deixou de sentir-se culpada por se acariciar pensando no pai, e era isso que ela fazia agora. Depois de trancar a porta do quarto, abriu um vídeo que ela fizera a poucos meses. Certa feita, entrou escondida com sua câmera digital dentro do quarto dos pais, e conseguira filmar de dentro do roupeiro um ato-sexual dos dois. A intenção era deixar a câmera gravando e sair, mas eles chegaram antes do previsto, e quase nus.

Já à noite, deitada em sua cama, Maria Eduarda articulava o plano que poria em prática no dia-seguinte. Ainda queria saber da desculpa que seu pai daria ao sair sozinho em um domingo, mas independente disso, já sabia o que fazer. Assim, pegou seu celular e ligou para Sophia.

Um comentário:

Felipe Navarro disse...

Achei muito obm o texto cara!
Ta melhorando na escrita.. mas espero que o final não seja tão pornográfico hehe