terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

O MELHOR DIA DA VIDA DE EDUARDO DA SILVA


Excelente! Assim foi a primeira participação de Eduardo da Silva no time titular do Arsenal depois da terrível fratura causada pelo carrinho do zagueiro Taylor, do Birmingham, no ano passado. Triste cena. Estava vendo outro jogo do mesmo campeonato na TV, quando veio o macabro lance da partida paralela. Qualquer um que viu ficou sem respiração na hora, inclusive eu. Dali pra frente, o destino de Eduardo da Silva estava comprometido.

Mas graças ao trabalho incansável do incrível departamento médico do Arsenal, todos puderam acompanhar passo-a-passo a recuperação desta promessa do futebol europeu, até o estágio final, a partida entre Arsenal e Cardiff, onde Eduardo fez dois gols, um de cabeça, e outro de penalti, esbanjando categoria. Festa para os amantes do futebol. Eduardo segue a lista de jogadores que renasceram debaixo das travas das chuteiras de seus carrascos, como Juninho Paulista, Maikon Leite, entre outros.


Mesmo eu sendo um apreciador no futebol-força, das entradas maldosas, dos carrinhos por trás e do anti-jogo, digo que a finalidade disto é atingir o psicológico do outro jogador, intimidando-o. Mas há jogadores que perdem a lucidez em certas horas e simplesmente massacram o seu opositor. A finalidade da rispidez nas jogadas é fazer o adversário sentir medo, receio da partida, "amarelar" com se diz na gíria. Mas jamais uma entrada que gerará fratura ou rompimento de ligamentos será bem-vinda, jamais. A não ser que a vítima mereça. Mas Eduardo de maneira alguma merecia. Por isso que voltou e em grande estilo. Talvez eu fale futuramente de algum jogador que mereceu ser carregado de maca ao sair de campo. Talvez.

Então abaixo segue a matéria do Globo-Esporte especial da volta de Eduardo da Silva.

Tchau!






domingo, 15 de fevereiro de 2009

MAIS FUTEBOL AO SOL E À SOMBRA

Ainda lendo este livro, vejo que ele é um excelente começo para quem não tem muito interesse em futebol. Os fatos que Galeano descreve muitas vezes jamais ouvimos falar, e às vezes nem acreditamos. Tais acontecimentos viram motivos para lermos um livro de um assunto tão específico, pois geram uma tremenda curiosidade nos leigos. Assim são os dois trechos que vou escrever abaixo deste livro. Sensacionais.


"Em 1891 o árbitro entrou pela primeira vez em campo, usando um apito; marcou o primeiro pênalti da história e caminhando doze passos assinalou o lugar da cobrança. Fazia muito tempo que a imprensa britânica vinha fazendo campanha a favor do penalti. Era preciso proteger os jogadores na boca do gol, que era cenário de chacinas. A Gazeta de Westminster havia publicado uma impressionante lista de jogadores mortos e de ossos quebrados."


"(...)para os nazistas, o futebol era uma questão de Estado. Um monumento lembra, na Ucrânia, os jogadores do Dínamo de Kiev de 1942. Em plena ocupação alemã, eles cometeram a loucura de derrotar uma seleção de Hitler no estádio local. Tinham sido avisados:

- Se ganharem, morrem.

Entraram resignados a perder, tremendo de medo e de fome, mas não puderam aguentar a vontade de ser dignos. Os onze foram fuzilados vestidos com as camisas, no alto de um barranco, quando terminou a partida."



Voltaremos.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

VENCEDORES DO 52° WORLD PRESS PHOTO

O World Press Photo é o maior prêmio de fotojornalismo do mundo. Acontece anualmente, porém não é tão divugado pela própria imprensa. No entanto, todos os anos são reservadas surpresas. Abaixo segue alguns dos vencedores deste ano.


Na categoria "Spot News Singles", o chinês Chen Qinggang recebeu o prêmio por esta foto para o jornal Hangzhou Daily.


Na categoria "Notícias Gerais - Foto Única" quem faturou o prêmio foi o brasileiro Luiz Vasconcelos, do jornal A Crítica.

Mais um brasileiro: Eraldo Peres ganhou a Menção Honrosa na categoria "Cotidiano". Infelizmente é este o nosso verdadeiro cotidiano.

Ao registrar o casal do ano, Callier Shell, da Aurora Photos, estava vencendo a categoria "Notícias - Conjunto de Fotos" pela a revista Times.

E o chileno F. Gutierrez levou pra casa o prêmio na categoria "Natureza - Foto Única", pelo Diário La Tercera.

Até mais!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

FUTEBOL AO SOL E À SOMBRA

É este o título de um dos livros mais memoráveis do escritor uruguaio Eduardo Galeano, e que procurei para ler novamente. Na primeira vez que o tentei, ele se misturou com outros compromissos do dia-a-dia e acabou sendo deixado de lado, para meu desgosto. Mas hoje comecei a lê-lo novamente e achei muito melhor do que na primeira vez.

A ótica em que ele assiste futebol e o descreve é a de um torcedor sul-americano, com direito a todo aquele cenário trágico e fanático, transformando o esporte às vezes em um palco de teatro, e outras em uma trincheira. Ergue monumentos à dribles e amaldiçoa esquemas táticos que inibem o bom futebol. Pra continuar este texto, vou por um trecho deste livro que catei entre as páginas que já li. Dica de leitura! Tomara que gostem...

Um abraço!

"(...)Foi um ataque demolidor. Quando as hostes locais invadiram o território inimigo, nosso aríete abriu uma brecha no flanco mais vulnerável da muralha defensiva e se infiltrou até a zona de perigo. O artilheiro recebeu o projétil, com uma manobra hábil colocou-se em posição de tiro, preparou o arremate e culminou a ofensiva disparando o canhonaço que aniquilou o guardião. Então o guardião vencido, custódio do bastião que parecia inexpugnável, caiu de joelhos com a cara entre as mãos, enquanto o verdugo que o havia fuzilado levantava os braços perante a multidão que o ovacionava."

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Fabricando e vendendo notícias

Pendendo sempre entre jornalismo e publicidade, já ouvi muita coisa a respeito destas duas carreiras, e sempre me chamaram atenção certos comentários rivais como "nós jornalistas somos éticos, e vocês publicitários querem fama e dinheiro" enquanto do outro lado, "Nós seremos ricos e famosos, seus invejosos!" e por aí vai. Mas, tomando o partido dos publicitários, lamento que há jornalistas atualmente que, em nome da fama e do dinheiro, transmitem inúmeros fatos de maneira equivocada. Este é o sensacionalismo barato que consumimos cada vez mais no nosso cotidiano.


O fato que me fez chegar neste assunto foi o destaque dos tablóides ingleses desta semana passada, tratando de Robinho e a sua possível tentativa de estupro à uma garota de 18 anos em uma boate inglesa. Este acontecimento e outros do mesmo tipo que vazam pelas paredes dos departamentos de polícia deveriam ser banidos de divulgação até que seja exposta uma prova concreta contra o acusado. Mas, aproveitando da "liberdade de imprensa", certos veículos de comunicação abusam do gênio da população e vendem à parcela desta que acredita em tudo que vê por aí. Antes de tudo, não cheguei até aqui para declarar a inocência deste jogador, mas vim advogar a favor dele e de muitos outros que tiveram suas carreiras manchadas por estes que dizem estar trabalhando em nome da ética, e que no entanto não hesitam em estampar em capas de jornais inverdades ou fatos não-comprovados agredindo algo ou alguém, para apenas benefício próprio, a fama e o dinheiro. E também deve-se deixar exposto que estes apenas completam uma pequena parcela de pessoas, enquanto a maioria dos jornalistas são conhecidos por trabalhos de grande respeito e consideração da maioria do público, levando sempre a verdade em seu conteúdo.


E para aumentar ainda mais a polêmica que virou o motivo deste post, uma das pessoas renomadas que podiam ir contra à esta história, talvez a maior destas, decepciona, mais uma vez. Pelé, o segundo maior jogador de futebol de todos os tempos, ficou a desejar novamente em suas declarações, quase que assumindo tudo o que os tablóides ingleses indagaram contra o jogador que foi comparado a ele mesmo pela criatividade e ousadia com a bola nos pés. Declarou que foi uma pena o que aconteceu com o seu afilhado, que jamais esperou uma notícia tão desagradável de uma pessoa que ele considerava íntegra. Lamentável. Então, ficou a cabo de treinadores como Dunga, Leão, Renato, entre outros, de proteger um jogador que jamais teve um problema extra-campo desta extirpe, e que sempre foi de um exemplar caráter.


Acredito que Robinho seja inocente neste fato, pois então não encontraria estas palavras para redigir tal texto. Caso a polícia e a justiça inglesas provarem o contrário, este mesmo blog estará aqui para o esclarecimento de tais fatos.


Abaixo, uma matéria sobre este assunto exibida neste domingo no Esporte Espetacular sobre este caso.
Até mais...