segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Fabricando e vendendo notícias

Pendendo sempre entre jornalismo e publicidade, já ouvi muita coisa a respeito destas duas carreiras, e sempre me chamaram atenção certos comentários rivais como "nós jornalistas somos éticos, e vocês publicitários querem fama e dinheiro" enquanto do outro lado, "Nós seremos ricos e famosos, seus invejosos!" e por aí vai. Mas, tomando o partido dos publicitários, lamento que há jornalistas atualmente que, em nome da fama e do dinheiro, transmitem inúmeros fatos de maneira equivocada. Este é o sensacionalismo barato que consumimos cada vez mais no nosso cotidiano.


O fato que me fez chegar neste assunto foi o destaque dos tablóides ingleses desta semana passada, tratando de Robinho e a sua possível tentativa de estupro à uma garota de 18 anos em uma boate inglesa. Este acontecimento e outros do mesmo tipo que vazam pelas paredes dos departamentos de polícia deveriam ser banidos de divulgação até que seja exposta uma prova concreta contra o acusado. Mas, aproveitando da "liberdade de imprensa", certos veículos de comunicação abusam do gênio da população e vendem à parcela desta que acredita em tudo que vê por aí. Antes de tudo, não cheguei até aqui para declarar a inocência deste jogador, mas vim advogar a favor dele e de muitos outros que tiveram suas carreiras manchadas por estes que dizem estar trabalhando em nome da ética, e que no entanto não hesitam em estampar em capas de jornais inverdades ou fatos não-comprovados agredindo algo ou alguém, para apenas benefício próprio, a fama e o dinheiro. E também deve-se deixar exposto que estes apenas completam uma pequena parcela de pessoas, enquanto a maioria dos jornalistas são conhecidos por trabalhos de grande respeito e consideração da maioria do público, levando sempre a verdade em seu conteúdo.


E para aumentar ainda mais a polêmica que virou o motivo deste post, uma das pessoas renomadas que podiam ir contra à esta história, talvez a maior destas, decepciona, mais uma vez. Pelé, o segundo maior jogador de futebol de todos os tempos, ficou a desejar novamente em suas declarações, quase que assumindo tudo o que os tablóides ingleses indagaram contra o jogador que foi comparado a ele mesmo pela criatividade e ousadia com a bola nos pés. Declarou que foi uma pena o que aconteceu com o seu afilhado, que jamais esperou uma notícia tão desagradável de uma pessoa que ele considerava íntegra. Lamentável. Então, ficou a cabo de treinadores como Dunga, Leão, Renato, entre outros, de proteger um jogador que jamais teve um problema extra-campo desta extirpe, e que sempre foi de um exemplar caráter.


Acredito que Robinho seja inocente neste fato, pois então não encontraria estas palavras para redigir tal texto. Caso a polícia e a justiça inglesas provarem o contrário, este mesmo blog estará aqui para o esclarecimento de tais fatos.


Abaixo, uma matéria sobre este assunto exibida neste domingo no Esporte Espetacular sobre este caso.
Até mais...


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