terça-feira, 9 de junho de 2009

A Apaixonada

Ao entrar em seu apartamento, Rebecca suspirou. Atirou a mochila em cima da mesa, tirou os tênis e se jogou no sofá, por cima das almofadas. Faltavam apenas alguns dias para 12 de junho e sua ansiedade aumentava. Não queria passar mais um dia dos namorados sozinha, assistindo filme e comendo brigadeiro no seu apartamento. Todas as suas melhores amigas estavam namorando, ou seja, ninguém para sequer dividir o choro. Não bastasse isso, ainda o orgulho a feria por dentro. Nunca precisara chegar em nenhum garoto, pois era bonita, embora a sua popularidade não chegasse aos pés das famosinhas da turma. Mas estava doente por um cara que jamais havia lhe dado bola. O Nestor.

Não era nem o mais bonito, nem o mais popular da faculdade, pois isso não é Sessão da Tarde. Era um carinha na dele, sem chamar muito a atenção, exceto pelos cabelos compridos que caíam até o ombro, "o charme dele", Rebecca dizia. Também era meio desligado. Parecia que dentro da sua mesma jaqueta jeans de todos os dias existia outro mundo, só dele. Era tímido: se apaixonava por umas 3 gurias por dia, mas só conseguia se aproximar de uma por mês. Isso ela sabia, pois uma ex-colega dele no colégio agora estava na mesma turma que ela. Ou seja, já havia sido feito todo o tipo de interrogatório sobre o pobre rapaz.

Parecia criança: quando chegou em casa, só pensava nele, e em mais nada. E então, no mesmo momento que Nestor zapeava na tevê em sua casa, Rebecca ligara a sua no seu apartamento. Morava sozinha, desde quando veio de Vacaria morar na capital por causa da faculdade, há dois anos. Mas jamais havia se sentido tão sozinha. Abraçou forte contra os seios a almofada que estava mais próxima. Assim, como num passe de mágica, assistiu algo na televisão que a deixou emocionada.

O que ela viu?
Aqui está.




Pois é. A projeção de Nestor em sua mente fazia o desejar cada vez mais.
Decidiu tomar uma atitude.
O dia seguinte era decisivo.
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Rebecca estava tão apaixonada por Nestor que já tinha escolhido uma música para o casal que nem existia. Assim, quando se orgulhou da atitude que acabara de projetar, cantarolou baixinho, quase sussurrando, esta música.

Um comentário:

Klaus Fiedler disse...

"Não era nem o mais bonito, nem o mais popular da faculdade, pois isso não é Sessão da Tarde."

HUhushuasuausHUHUashuhusahashuhuashuashauhsaUHuhsauashua

Muito boa!!!

a sessã da tarde é a melhor!
HUhuasuhashuHUHUhusahuashuas